segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Com a melhor das intenções

Sem tempo, sem saco, sem inspiração, enfim, quase sem vida... Mas pra não deixar que as teias de aranha tomem conta deste espaço quase vazio, transcrevo abaixo a fala de Renato Russo em um show no meio da música Ainda é cedo.


Vocês querem saber por que essa história acabou?

Porque eu gosto muito de dar ordem. Se as coisas não estão do jeito que eu quero, eu mando aumentar a guitarra, mando abaixar a guitarra, mando fazer isso...

Mas isso você não pode fazer, principalmente no amor.

Eu nem sei direito o que que é o amor. E você não pode ter uma relação de força, de poder, sabe?! Tem que ser uma outra coisa...

E eu já sofri muito na vida por causa disso, sabia?!

Tanta gente já foi embora da minha vida por causa disso, porque eu sou mandão, sabe qual é?!

Com a melhor das intenções....

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Feliz, até demais.

Engraçado como o que escrevo aqui tem tanta importância para algumas pessoas, o mais interessante é que elas não comentam, acham que estarão se expondo. Não, pessoas, eu que estou me expondo, relaxem.

Pois bem, elas não comentam aqui, mas pessoalmente dizem que estão insatisfeitas com meus escritos, e que só vejo o lado ruim das coisas, acertaram.

Mas como sou bipolar e gosto de ironizar as coisas, ou expelir as pessoas de perto de mim, vou escrever sobre o lado bom e o quanto estou feliz, afinal, nem tudo são flores mortas na minha vida.

Criança feliz. Sim, fui uma criança feliz. Minha primeira bicicleta foi uma Caloi “Cecizinha” vermelha e usada. Para quem não sabe, esse modelo da Caloi é uma bicicleta de menina, e ainda era usada. Daí você imagina a satisfação da criança ao juntar-se aos seus amigos, todos equipados do mais novo modelo da Caloi Cross com pneu balão, paralamas da cor do punho e da cela. Enquanto você, com uma bicicleta pequena para o seu tamanho e de menina. Não preciso nem dizer que meus estimados coleguinhas zombavam de mim o tempo todo, né?

Um outro brinquedo que sempre quis ter, era uma bola de futebol de couro, e tive. Um dia bateu na porta um pedinte, que carregava consigo um saco de estopa grande e cheio de trecos, meu pai o recebeu e como não gostava de dar dinheiro por nada, por achar que poderia alimentar um vício, sugeriu comprar algo do pedinte, para configurar um negócio e não uma esmola (louvável essa atitude de papai), o sujeito tirou do saco uma bola de couro marrom, a cor era porque a bola já não tinha mais os gomos, restando apenas uma pequena película marrom (de grude) protegendo a câmera de ar. Também não preciso dizer que essa bola durou apenas 2 dias, né?

Tá, vou parar por aqui, pois essas histórias apesar de bonitas e felizes, com excesso, tornam-se chatas. Enfim, sou muito grato por isso, pois sei que ele fez para que me tornasse essa pessoa tão centrada, coerente e de personalidade tão, tão... assim sei lá (como me disse uma vez uma amiga), porque a questão não era falta de grana, para quem achou que fosse.

Por essas e outra que hoje sou tão feliz e transbordo alegria, simpatia, positivismo e fé. Obrigado pai e obrigado Pai.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Ainda aqui

Já não vejo muito sentido nesse blog pelo seu título. Pois enfermidade física é penosa, triste, pros outros. Ver os parafusos sobressalentes no tornozelo alheio é uma experiência nova, tirando a aflição que dá. Mas quando se trata de problemas sentimentais, espirituais, ou até, sobrenaturais, tudo perde a graça, julgam logo como frescura de quem não tem nenhum motivo para reclamar da vida. Fácil falar da vida dos outros.

Há tempos tenho falado apenas desse tipo de problema, claro que muitas vezes os problemas são temporais: sofro, logo escrevo. Mas depois da larica, tudo volta ao normal, lembro que o normal para alguns, pode não ser tão lindo e maravilho. Porém, percebi que perdi uma grande audiência ao falar desses assuntos. Se antes tinha 3 leitores, sendo 2 deles comentaristas, hoje tenho nenhum, isso mesmo, absolutamente nenhum.

Apesar de pré-depressivo, sempre negativo e adorar uma fossa, vejo algo positivo nisso, posso falar sobre o que tantos criticam, sobre o que me dá uma alegria melancólica e amarga, a tristeza comum de uma vida normal.

Enfim, tudo isso foi apenas pra dizer que, mesmo que ninguém leia, ou não se interessem, estarei aqui, alimentando esse diário, que por mais que me digam o contrário, pertence a um enfermo. Se tenho cura? Não sei, mas viver procurando é uma forma de dá sentido e motivação a essa vidinha...