quarta-feira, 24 de março de 2010

Balancete Trimestral

Diante o problemático cenário sócio-sentimental-econômico, me encontro em declínio, no limiar de qualquer margem de estabilidade comportamental. Digo mais, há um considerável déficit de Deus em meu almoxarifado coração, potencializado pela falha na execução de projetos que visam contribuir com o centro de custo da felicidade.

Claro que nem tudo está no crítico patamar melancólico do desespero, há ainda poucas, mas proveitosas reuniões lúdicas com o pequeno colaborador, um jovem aprendiz que temo por seu futuro, pois seu exemplo de liderança está cada dia mais negativo.

Se pudesse demandar de todo o meu tempo para partilhar com ele minhas experiências e principalmente agregar valor na sua principiante jornada, mas o inflacionário e corrupto destino, cobra com juros estratosféricos tudo que tenho conquistado de bom.

Abrir falência desta medíocre instituição, já deixou de ser opção. Mais que uma alternativa, hoje, é uma necessidade ímpar para que seu fracasso não termine gerando um efeito dominó, atingindo empresas ainda em potencial desenvolvimento.

Os gráficos mostram que para cada meta batida, houve uma perda exorbitante de mão de obra familiar e principalmente de matéria-prima sentimentos, tornando os indicadores mensuráreis com um escore “abaixo da média”. Não há resiliência que supere as sequeles e traumas causados a estrutura corporativa da alma.

Mesmo que num enfoque sistêmico eu tente flexibilizar os vínculos e os afetos que me rodeiam, de longe o que se ver é uma situação de risco, onde a desintegração psíquico-emocional me faz perder a habilidade de controlar impulsos e adentre num ciclo vicioso de atos falhos.

A promiscuidade monopoliza o comércio de juras de amor, valorizando as efemeridades. Com isso, transforma qualquer suposto ponto de equilíbrio em uma armadilha voraz, pronta para abalar qualquer estrutura organizacional e gerando, consequentemente, um apatia pelas tomadas de decisões, por mais que pareçam factíveis.

Um comentário:

  1. Caramba...tô preocupada contigo.
    Não posso fazer muita coisa, a não ser desejar que fique bem, principalmente pelo seu "pequeno colaborador e jovem aprendiz".
    E, apesar das palavras tristes, vc escreve muito bem.
    Abraço!

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